sábado, 17 de janeiro de 2015



Do final do século passado ao início deste século, as baterias de lítio começaram a ter dias de glória e passaram a fazer sucesso sendo usadas em aparelhos eletrônico portáteis por sua capacidade 2 a 3 vezes maior que sua concorrente de Níquel e cádmio, ocupando significativamente menos espaço e possibilitando aparelhos como telefones celulares cada vez menores. 
Outro fator que contribuiu para seu sucesso foi o fato de não "viciarem", podem ser recarregadas sem a necessidade de estarem totalmente descarregadas e podem ter o seu carregamento interrompido  a qualquer momento, sem esperar que cheguem aos 100% de sua carga total. Agora elas estão com dias contados.

Um grupo de pesquisadores da faculdade Virginia Tech desenvolveram uma bateria movida à açúcar. Segundo eles a escolha do material foi óbvia. Há um motivo pelo qual quase todos seres vivos da Terra são 'movidos' à açúcar - suas moléculas são cheias de energia, fáceis de serem transportadas e digeridas. O objetivo é que a invenção substitua as convencionais (e poluentes) baterias de lítio em smartphones e tablets em até 3 anos.

O método não é inovador, baterias de açúcar já foram criadas anteriormente, mas é a primeira vez que um protótipo do tipo consegue apresentar uma melhor performance - tanto em densidade de energia quanto em menor necessidade de recarga. Se comparada com as baterias tradicionais, o açúcar da Virginia Tech teria 10 vezes mais durabilidade.


Por açúcar ser um composto encontrado facilmente na natureza, e biodegradável, a alternativa também se torna mais ecológica do que as baterias de lítio, altamente tóxicas e consideradas um problema ambiental por seu descarte. Com o uso da nova bateria, o único produto residual é água. Outra vantagem é o custo por ser feita com compostos abundantes e baratos, dificilmente ela seria tão cara quanto um equipamento que usa metais pesados. Particularmente não acredito que isso possa influenciar o valor final, a famosa lei da oferta e procura, quem vai querer vender mais barato um produto mais eficiente e ecologicamente correto?

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